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Castanha II

by Luís Antero

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Trabalho sonoro realizado para a exposição multimédia "A Castanha d'Oliveira - parte 2", promovida pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Oliveira do Hopsital, no âmbito da XVI Festa da Castanha de Aldeia das Dez, nas localidades de Moita, Formarigo, Alvoco das Várzeas e Gavinhos de Baixo, no concelho de Oliveira do Hospital.

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"Tenho pouca memória da castanha aqui na Moita, mas há muitos castanheiros por estas leiras fora.
Nós cultivávamos terra de renda. Não tínhamos castanheiros.
Aqui não fazíamos uso da castanha na alimentação. Havia quem o fizesse, mas nós não. Com a idade que tenho, nunca comi castanhas sem serem assadas ou cozidas."
Maria Fernanda Oliveira (Moita)

"Este castanheiro nasceu aqui à beira do caminho, faz 30 anos. Apanhamos as castanhas que caem ao chão.
Isto é um bem para a natureza, é uma coisa preciosa.
Antigamente não havia nada destas coisas. Agora é que fazem estes bens da castanha, mas antigamente não e por isso não usávamos a castanha na nossa comida, só as comíamos cozidas ou assadas.
O meu pai comprava uma arroba (15kg) delas e comíamos durante todo o inverno."

Maria Amélia (Soito, Gavinhos de Baixo)

"Era uma vida muito dura para a gente viver. Tínhamos uma taberna e lá íamos dando uns magustos de castanhas a quem sentíamos que tinham ainda menos que nós.
Todas as semanas ia a Oliveira e trazia 30kg de mercearia à cabeça, sempre a pé, porque não havia transportes. Só eu mais Deus."
D. Arminda (Formarigo)

"O magusto era realmente muito importante. Era a época do ano em que as pessoas se podiam juntar à volta de uma fogueira, porque o fogo também foi sempre um motivo de união das pessoas, e uma fogueira está sempre a pedir alguma coisa, neste caso castanhas. Estas acabavam por ser o leit motiv para o encontro das pessoas."
José Augusto T. Nunes (Alvoco das Várzeas)

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(texto de enquadramento da exposição)

"Em 2014, aquando da XIII edição da Festa da Castanha de Aldeia das Dez, realizada anualmente no majestoso Santuário de N. Sra. das Preces, em Vale de Maceira, empreendemos a tarefa de dar a conhecer o universo castanhícula do concelho de Oliveira do Hospital, através da arte da fotografia e do som.

Depois de termos dado a nossa atenção a aldeias como Carvalha, Aldeia das Dez ou Vale de Maceira, para esta segunda parte da exposição A Castanha d’Oliveira centrámo-nos num território mais alargado, abarcando as Uniões de Freguesia de Oliveira do Hospital e São Paio de Gramaços, Penalva de Alva e S. Sebastião da Feira e a freguesia de Alvoco das Várzeas.

Observámos, tirámos fotografias e gravámos depoimentos com algumas das pessoas residentes nas aldeias por onde passámos, num exercício comovente de resgatar à memória os tempos passados em redor deste universo único.
É, desta forma, uma vez mais, uma exposição simbólica, dando especial enfoque ao ‘nosso mundo imaterial rural’, ajudando a conhecer o concelho onde vivemos e as zonas onde o castanheiro e a castanha têm mais predominância.

É também, estamos em crer, um trabalho para continuar, em homenagem a esse “fruto dos frutos” e a todos aqueles que ao longo dos anos têm cuidado e trabalhado (d)os castanheiros.

Um agradecimento muito especial a todas as pessoas que connosco partilharam o seu saber e memória: Maria Amélia (Gavinhos de Baixo), Maria Fernanda Oliveira (Moita), Maria Emília e D. Arminda (Formarigo) e José Augusto T. Nunes (Alvoco das Várzeas)."

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Esta exposição multimédia ficará alojada, a partir do fim de outubro, na plataforma municipal Cultura OHP, em exposicoescmoh.wixsite.com/geral

Luís Antero, 10.2017

credits

released October 11, 2017

Gravações Sonoras de Campo/Field Recordings: Luís Antero
Local/Location: Moita e Formarigo (UF Penalva de Alva e S. Sebastião da Feira), Alvoco das Várzeas, Gavinhos de Baixo (UF Oliveira do Hospital e S. Paio de Gramaços), Oliveira do Hospital, Coimbra
Fotos e capas/Photos & artwork: LA
Ano/Year: 2017
Equipamento/Equipment: Zoom H5 + H2n
(cc) 2017

(para melhores resultados, aconselha-se o uso de auscultadores | for best results, please use headphones)

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Luís Antero Portugal

Paisagista sonoro. Desenvolve desde 2008 um trabalho de recolha e documentação do património acústico de várias zonas do território nacional, com base em gravações sonoras de campo...

Sound artist. Since 2008 he develops an ongoing project in collecting the immaterial sound heritage of various areas of Portugal, through field recordings...
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