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Ca​(​o​)​ntos e Reca​(​o​)​ntos da Água | Arquivo Sonoro da Água (Lousã e aldeias da serra)

by Luís Antero

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Castelo 02:05
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Casal Novo 17:48
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Talasnal 11:08
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Caterredor 07:46
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Candal 14:18
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Vaqueirinho 10:49
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about

No âmbito do 'Projecto Cinco' - www.projetocinco.pt - e a convite do Município da Lousã, inserido na iniciativa multidisciplinar "Ca(o)ntos e Reca(o)ntos da Água", produzi este 'Arquivo Sonoro da Água (Lousã e aldeias da Serra)'.

Aqui, podem escutar-se as sonoridades típicas de todas as fontes e fontanários da vila da Lousã ainda em funcionamento, assim como as fontes, fontanários, tanques, depósitos de captação de água e algumas minas da Serra da Lousã.

Optou-se por colocar numa mesma composição sonora todas as gravações de determinada fonte, realizadas a partir de diferentes ângulos visuais e acústicos. A maioria das faixas são, por isso, de longa duração, convidando também o ouvinte à imersão sonora deste património.

Para a devida contextualização de todo este património, ouvimos também o José Almeida sobre a história e importância das fontes lousanenses.

Este trabalho encontra-se dividido em 3 partes:
1. fontes e fontanários da vila da Lousã;
2. depoimentos de José Almeida;
3. fontes, fontanários, tanques, depósitos de água e minas da Serra da Lousã.

Este 'Arquivo Sonoro da Água', para além do interesse primário em registar para memória futura estas paisagens sonoras, funciona igualmente como documento pedagógico e didáctico ao serviço da comunidade lousanense, principalmente.
Foram muitos os locais onde se procederam às gravações sonoras, muitos deles de dificil acesso, trazendo até aqui gravações únicas e originais, repletas de particularidades acústicas. Aconselhamos, por isso, o uso de auscultadores para a sua audição.

Em baixo, encontram textos históricos sobre as fontes que fizeram parte da primeira actividade em torno desta iniciativa. Tratou-se do percurso “À descoberta das Fontes da Vila (ontem e hoje)” – “Reca(o)ntos da Água” (zona histórica da Vila) e da instalação sonora "Água da Fonte Seca", na Fonte do Fundo de Vila, uma fonte seca que para esta ocasião 'recebeu' a água de outras fontes da vila para a construção da sua narrativa sonora.

Um bem-haja a todos quantos contribuiram para este trabalho de arquivo e documentação sonora.

Luís Antero
agosto 2019

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FONTE DOS MOUROS
Estrada Coimbrã era uma via de comunicação que partia do Fundo de Vila, atravessava a bacia da Lousã (Fonte dos Mouros, Senhora das Barraquinhas, Fontaínhas) e o Rio Arouce (Ponte Coimbrã), cruzava a Estrada Real Lisboa-Almeida na área da Senhora do Desterro, e seguia em direção ao Senhor da Serra, de onde descia para Coimbra. Não era nada fácil a ligação entre Lousã e Coimbra. Esta estrada é a que tomou Adrião Forjaz de Sampaio quando em 1838 organizou a Viagem Turística à Serra da Lousã. A Fonte dos Mouros, assim denominada por possivelmente existir ainda antes da nacionalidade, foi mais tarde sujeita a alteração de local e melhorada com um lavadouro de roupa. Aparece inscrita nos Tombos Municipais de 1867 e 1828.

FONTE DO FUNDO DE VILA
1932 - Carlos Reis, a pedido da Câmara desenha a fonte da Rua Dr. Pires de Carvalho. Esta fonte era abastecida por águas provenientes da mina da Póvoa de Fiscal e que também abasteciam a Quinta de São Pedro e a Quinta de São José.

CHAFARIZ DO LARGO DA GRAÇA
1888 - Foi edificado para aproveitamento das águas que sobejavam de um dos fontenários da Igreja Matriz. Os sobejos das águas do outro fontenário eram para serem arrematadas, desde que o tanque que para uso do gado estivesse sempre cheio.

FONTE DO PAÇO
A mais central fonte que era frequentada pelos moradores das ruas da Graça, Direita (atual Viscondessa do Espinhal), Santo Cristo e Rua Nova. Aparece inscrita nos Tombos Municipais de 1867 e 1828. Em meados do século XX tornou-se inacessível ao público por construção de lojas e paredes à sua volta e passando ao domínio privado.

FONTES DA IGREJA MATRIZ
1888 - Nesta data, e conforme se pode confirmar pelas datas aí inscritas, foram concluídas as fontes laterais à escadaria de acesso à igreja e foi regularizada a Praça do Adro e escadaria da Igreja. Mas já em outubro de 1873 se procedia ao estudo para encanar as águas da Regueira do Salgueiral, e só em 1881 se procedeu ao encanamento em tubos de ferro desde o Santo Cristo até à Praça Central.

FONTES DO PALÁCIO DOS SALAZARES
1818 - Milésimo inscrito na frontaria do Palácio dos Salazares ou da Viscondessa do Espinhal, datando este imponente edifício; consequentemente haveria diversas fontes utilizadas para os gados, para irrigação das terras da quinta e para utilização humana.

FONTE DA ARCADA
No início do século XIX a malha urbana consolidada estendia-se, partindo do norte, entre as imediações da Casa do Fundo de Vila, Santo António (Cimo de Vila) e Fonte da Arcada, em jeito de limite meridional da vila geográfica, para além da qual ficavam os subúrbios da Cruz de Ferro, Ponte Quadiz e Penedo. Esta fonte situa-se praticamente no extremo meridional da vila. Aparece inscrita nos Tombos Municipais de 1867 e 1828.

FONTE DO JARDIM E MONUMENTO À FAMÍLIA
1999 - A 9 de janeiro é inaugurado o Jardim e Monumento à Família.

FONTE DO REGUEIRO:
1886 - Em outubro dá-se por “quase concluída esta fonte mas já servindo a população”, que a Câmara Municipal da Lousã mandou construir sob a presidência de João Pedro Fernandes Tomás Pippa.

FONTE DA PRAÇA SÁ CARNEIRO
1998 - A 25 de abril, inaugurada a Praça Sá Carneiro e o monumento alusivo.

credits

released August 25, 2019

Gravações Sonoras de Campo/Field Recordings: Luís Antero
Local/Location: Lousã (vila e aldeias da serra)
Ano/Year: 2019
Foto de Capa/Cover Photo: LA (por menor da Fonte do Palácio dos Salazares)
Fotos/Photos: LA
Artwork: LA
Fotos/Photos: luisantero.tumblr.com/post/187425651716/279-edição-de-caontos-e-recaontos-da-água
Equipamento/Equipment: Zoom H5 + audio-technica BP4029 stereo shotgun mic + contact mic JrF
Agradecimentos/Thanks: Executivo da Câmara Municipal da Lousã, especialmente à Sra. Vereadora da Cultura, Henriqueta Oliveira, José Almeida, Maia Costa, João J Francisco, ARCIL, Academia de Bailado da Lousã, Mercado Municipal, Rui Rosa, João Lourenço, Ana Ribeiro, família (Elisabete, Isaac, Samuel e Oriana) e a todas as mulheres e homens que comigo se cruzaram no caminho durante a realização deste trabalho. Bem-hajam.

Para o meu Pai.

(cc) 2019

(para melhores resultados, aconselha-se o uso de auscultadores | for best results, please use headphones)

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Luís Antero Portugal

Paisagista sonoro. Desenvolve desde 2008 um trabalho de recolha e documentação do património acústico de várias zonas do território nacional, com base em gravações sonoras de campo...

Sound artist. Since 2008 he develops an ongoing project in collecting the immaterial sound heritage of various areas of Portugal, through field recordings...
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